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Exposições Casa do Baile

Descrição

Exposição  “Lugar Imaginado, Lugar Vivido: 80 Anos da Casa do Baile”

A exposição “Lugar Imaginado, Lugar Vivido: 80 Anos da Casa do Baile” tem curadoria de Guilherme Wisnik e Marina Frúgoli, e apresenta, no formato audiovisual, uma cronologia visual da história da Casa, mostrando a trajetória até se consolidar como espaço museal. Integra ainda a exposição a instalação de obras de artistas contemporâneos que dialogam com a própria arquitetura da Casa e da paisagem da lagoa da Pampulha.

O projeto curatorial da exposição se apropria da trajetória da Casa do Baile, criando um jogo entre tempos passado e futuro, em um movimento simultâneo de olhar para trás e para frente, história e projeção. Segundo Guilherme Wisnik, a exposição, ao comemorar os 80 anos de uma instituição-edifício-lugar que representa muito na história da cidade, precisa abarcar suas idas e vindas ao longo do período, desde seus tempos de glamour, declínio, renovação e reconfiguração para se afirmar em um novo contexto. 


A arquitetura de Niemeyer, sempre tão celebrada, é ponto de partida para a espacialidade da exposição, com a proposta da sala circular para exibição de uma obra audiovisual, uma das principais a integrar a exposição, assim como todo o projeto expográfico. “A forma partiu da própria planta do edifício e rebate essas formas curvas na ocupação interna de maneira a criar uma espacialidade que entre em ressonância com aquele espaço. Ao mesmo tempo, a marquise externa da Casa do Baile tem a forma aérea, com aquelas curvas movimentadas, parece uma arquitetura que dança, construída pelo vento que sopra à beira da lagoa. Toda essa leveza e ideia de movimento foram consideradas no projeto expográfico de maneira a potencializá-lo”, explica Wisnik. 


Todos esses conceitos, como a oscilação entre o passado, o presente e o futuro, o diálogo com a própria Casa do Baile e sua história, além da sua vocação atual e as relações com o entorno, nortearam os convites a artistas e coletivos para integrar com seus trabalhos a exposição, conforme explica a curadora Marina Frúgoli. 


“Tendo como tema central da exposição a própria Casa do Baile, gostaríamos que a arte pudesse ser o ponto de partida para ativar a percepção da arquitetura, do jardim e da paisagem ao redor, ressignificando espaços, evocando memórias e provocando a imaginação. Buscando as intersecções entre as artes visuais e os campos da arquitetura, urbanismo e design, que são a vocação atual da Casa do Baile enquanto Centro de Referência, foi criado um conjunto de obras que dialoga com a paisagem da Pampulha em sua complexidade, considerando os seres que a habitam, as subjetividades estéticas que a constituem e os imaginários ali depositados”, adianta. 


O fotógrafo americano-brasileiro Paul Clemence, e os artistas Laura Belém (MG), Marcus Deusdedit (MG), Isabela Prado (MG) e o coletivo ‘Pintura ao ar livre’, coordenado pela professora Louise Ganz (MG), foram convidados pela curadoria e apresentam seus trabalhos na exposição “Lugar Imaginado, Lugar Vivido: 80 Anos da Casa do Baile”. 


A artista Laura Belém criou um letreiro neon que evoca o histórico da Casa quando esta foi um restaurante, dando um novo significado para o uso deste material, mais ligado à poesia do que à linguagem publicitária.
Na área interna, o fotógrafo Paul Clemence apresenta uma cortina que, através de um jogo de transparências, reflete sobre as águas da lagoa e a paisagem modernista enquanto utopia e miragem, propondo novos pontos de vista para a sua contemplação.


“Ainda relacionado à paisagem, o grupo Pintura ao ar livre, coordenado pela artista e professora Louise Ganz, realizou uma série de expedições urbanas no entorno expandido da Lagoa da Pampulha, desde a sua orla, passando pelos córregos afluentes da Bacia do Onça e chegando até a ocupação Dandara, cujo resultado se apresenta nesta exposição, com uma instalação formada por pinturas, desenhos, mapas e textos que criam narrativas sobre o território”, adianta a curadora Marina Frúgoli, revelando como o trabalho de cada artista se relaciona com a proposta curatorial e com o espaço. 


Através da música e do design, o artista Marcus Deusdedit promove um encontro estético entre a visualidade iconográfica da Pampulha e da periferia, mesclando os azulejos criados por Paulo Werneck à visualidade do soundsystem automotivo. A obra faz pensar também sobre o baile e os diferentes significados simbólicos que esta palavra teve ao longo dos últimos 80 anos.


A artista Isabela Prado propõe uma experiência gustativa e lúdica ao oferecer aos visitantes um pirulito com a forma da marquise da Casa do Baile, tal como foi desenhada por Niemeyer. 

 

Visitação: Quarta a domingo, das 10h às 18h

Av. Otacílio Negrão de Lima, 751 – Pampulha
 

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Gratuito
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